quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Broxa com a vida

Tem dias que eu me sinto péssima, amarga, numa broxisse total com a vida. Não sei se é TPM... Se é meu inferno astral chegando... Se é praga de sogra... Se é olho gordo... Se é meu jeitão mesmo... Enfim, são os dias que me enxergo mais feia, me torno mais antipática, faço as coisas me arrastando e trato todo mundo com indiferença. Coisa horrível!

O mais chato disso tudo é que não são só as pessoas que sofrem com o meu amargor. Eu também sofro tanto que chego a ter vontade de chorar, mas não choro. De tanta acidez minhas lágrimas secam. Já viu isso?!

São os dias em que questiono toda a minha existência. Que sinto vontade de sumir. Pegar o carro sem rumo, apenas com a roupa do corpo e algum dinheiro. Os dias que quero dar uma upgrade. Começar tudo diferente.

Se fosse fácil seria bom. Mas e o marido? E os filhos? E o trabalho? E os compromissos assumidos?

Seria bom não ter criado tantos laços. Viver tipo bicho grilo, pulando de um lado a outro sem criar raízes. Acho que me sinto mal assim por que tudo que mais prezo é a liberdade e esses dias insistem em me mostrar que não sou e nunca serei livre.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Do jeito que somos

Qualquer hora dessas você vai achar que eu odeio você, mas eu te amo!
Eu te maltrato assim e te humilho às vezes, por que não consigo controlar essa paixão latente que sufoca e dói.
É moço, dói em mim também, pode acreditar.

Quando meu coração grita de desespero e medo, minha garganta não consegue segurar, aí eu grito junto. Aumento o tom quando lhe falo para monopolizar a sua atenção.

É que, na verdade, eu não faço questão de ser amada por ninguém, mas quando isso acontece... Quando alguém me ama como você... Aí eu enlouqueço! E não consigo conceber a idéia de perder um pedacinho que seja desse amor. Quero tudo pra mim. Quero você todo pra mim. Você consegue entender isso?

Eu posso até lhe parecer meio louca, por que digo coisas diferentes e até quero coisas diferentes a cada dia. Mas no fundo não sou louca. Sou apenas uma mulher que ama demais. Que deseja demais. Focada demais no homem que escolheu.

Não espere que eu pare de brigar, de desconfiar, de lhe cobrar explicações pra tudo. Não me queira ver morna pras coisas que lhe dizem respeito. Me aceite desse jeito estúpido mesmo. Me entenda até quando sua cabeça estiver prestes a dar um nó pensando: “O que mais essa mulher espera de mim?” Se não for possível, apenas observe e ouça.

Eu não vou mudar. No fundo convivo bem com a minha falta de definição. Meus medos e minhas dúvidas fazem parte da minha parte (ir)racional.

Eu topo seguir nossa vida do jeito que estamos. Entre idas e vindas, mesmo que eu me afaste um pouco, no final eu sempre volto pra você.