Há um tempo atrás li que a paixão teria um prazo de duração determinado. Algo entre 1 e 3 anos, tempo suficiente para um casal se envolver, procriar e conceber um bebê. Passada a fase da atração e toda a loucura da paixão cabe aos dois decidir pela separação ou habituar-se com as manifestações mais brandas da convivência: companheirismo, admiração, afeto, tolerância, respeito... Especialmente quando se tem filhos optamos pela segunda opção, afinal, se fizemos juntos, devemos juntos cuidar dos rebentos, isto seria o ideal. Mas nem sempre isto acontece, haja visto a quantidade de pais separados. Pais de filhos criados, pais de filhos pequenos... Eu mesma engrosso a lista de mães que abriram mão de um casamento falido mesmo com filhos ainda pequenos. Daí que o tempo passou, o bicho da paixão me picou e resolvi casar novamente. Bem no calor da emoção.
Quando a gente se apaixona nada é mais importante que a figura do ser amado. Ele é tudo o que queremos. E queremos o tempo todo. Queremos tanto que não nos contentamos com um pouco da presença, um pouco da atenção, queremos tudo dele, até sufocar. Esta é a paixão. Mas tenho que concordar que tal qual a uma embalagem de iogurte, a que se prestar atenção ao prazo de validade.
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