quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O pior dia da minha vida

Sabe quando você está a beira do suicídio? A arma apontada pra cabeça, seis balas no canhão... Você só precisa apertar o gatilho e pronto: Tudo acabado! É um tiro só e não tem volta. Mesmo tendo a certeza de que está tomando a pior atitude da sua vida sua tendência suicida te dá mais força pra atirar, que coragem pra voltar atrás.

Foi assim que me senti hoje. O pior dia da minha vida. Só que o tiro foi mais doído, a bala foi mais certeira. E perdi muito mais que a vida, perdi minha alma.

Entrei no carro com ela, o maior amor da minha vida. Era o silêncio, aquela maldita dor na garganta pelo choro contido e a vida toda passando em flashes no meu pára-brisas. As melhores cenas, os melhores capítulos... Eu não podia crer no que estava fazendo. Eu pensei em voltar. Não, não posso voltar!

Continuei dirigindo e me matando aos poucos. Subi a Av Niemeyer e me lembrei do dia em que a levei no seu primeiro teste prum filme da Xuxa. Não consegui mais conter o choro nesta hora. Como ela podia ser tão linda? Lembrei dela bebê... Lembrei do dia que tivemos ontem... Chorei copiosamente e escondi cada lágrima atrás dos óculos escuros. Não queria que ela me visse chorar. Não olhei pra ela pra não vê-La chorar também.

Tive vontade de segurar sua mão enquanto percorria a orla até Copacabana, mas não tive coragem. Enfiei agulhas no peito. Me amargurei no féu da dúvida. Causei muita dor em mim mesma. E o caminho até a despedida foi como um calvário que enfrentei até o fim.

Chegamos! Infelizmente chegamos! A gente realmente sofre quando está junto. Sofre ainda mais quando separados. E minha volta pra casa conseguiu ser mil vezes pior simplesmente por ela não estar sentada ao meu lado.

Posso dizer que estou morta.

Nenhum comentário: