quarta-feira, 6 de maio de 2020

Quem mexeu no meu queijo?

Conta a história de 1 dupla de ratos e 1 dupla de homenzinhos que todas as manhãs saem de casa e entram num labirinto à procura de queijo para se sentirem felizes. Cada dupla, com sua própria habilidade e a seu tempo consegue encontrar o queijo que procura.
O queijo para nós pode ser saúde, paz interior, relacionamento amoroso, trabalho, dinheiro e o labirinto é o local onde vamos buscar essa felicidade.
E cada um dos personagens da história tem características.

A dupla de Ratos -
Com cérebros simples e instintos aguçados, procuravam apenas um tipo de queijo que achassem gostoso. O primeiro rato era bom farejador e o segundo rato corria na frente. Como tinham poucas habilidades usavam o método tentativa e erro. Se entravam pelo corredor que não tinha queijo, rapidamente iam pra outro corredor, às vezes se perdiam em corredores errados ou se chocavam com as paredes do labirinto, mas aliando seu método simples a um objetivo simples encontraram mais rápido o queijo que gostavam.
Depois de terem encontrado o queijo, todos os dias os ratos acordavam cedo e percorriam o mesmo caminho para ir comer o queijo e se sentiam felizes com aquela rotina.

Os Homens -
Com seus cérebros complicados, se deixavam levar pelas emoções. Usavam suas habilidades de pensar e métodos complexos para encontrar um tipo muito diferente de queijo que consideravam especial. Às vezes suas crenças os faziam desviar do caminho e demoraram muito mais tempo que os ratos para conseguir achar o queijo que se achavam merecedores. Depois que encontraram o queijo, acharam que o queijo duraria pra sempre e começaram a se acomodar e a sair de casa cada vez mais tarde.
As duas duplas estavam ali todos os dias comendo o queijo e sendo felizes, mas com o passar do tempo o queijo acabou. A dupla de ratos, como não pensavam muito, encarou o problema de forma simples: acabou o queijo, temos que procurar mais queijo e foram buscar um queijo novo rapidamente. Já a dupla de homenzinhos, que chegavam cada dia mais tarde, demoraram a perceber que o queijo tinha acabado, e ficaram confusos tentando entender o que estava acontecendo. Eles voltaram vários dias ao mesmo local na esperança de encontrar o queijo, como não encontravam começaram a ficar frustrados, com fome e enfraquecidos.

Homem 1 - gritou e se desesperou, tentando achar um culpado para o sumiço do seu queijo, não conseguia entender como poderia ficar sem o queijo depois de ter se esforçado tanto. Seu queijo era especial e ele não via mais o que poderia fazer pra encontrar outro queijo como aquele. Se achava velho demais pra mudar e achava que não tinha feito nada de errado, portanto não tinha nada a aprender, decidiu que iria sentar ali e esperar o queijo aparecer, vivendo no passado, certo de que não existia outro queijo como o seu no labirinto

Homem 2 - ficou em choque e deprimido, mas conforme os dias iam passando ele foi entendendo que aquele queijo não existia mais, percebeu que tinha que sair em busca de um novo queijo. Volta ao labirinto, e à medida que encontra pequenos pedaços de outro queijo vai ficando motivado e descobre que não é só um tipo de queijo que o deixa feliz, aprende a gostar da jornada e se arrepende de não ter começado antes, então decide que se ficar sem queijo novamente irá adaptar-se mais cedo à mudança. Quando fica desencorajado percebe que pensar no queijo lhe dá ânimo. Entende que os corredores do labirinto podem levá-lo a um lugar melhor e quando se livra de velhas crenças, finalmente encontra o seu queijo.

O homenzinho 2 reflete sobre todo o seu aprendizado: o medo de morrer de fome o ajudou a sair do lugar, mas a verdadeira mudança começou quando viu que negar o que estava acontecendo, e continuar cometendo os mesmos erros não levariam a um novo queijo. Que sempre há um novo queijo em um novo lugar. Percebeu que simplificar as coisas, ser flexível e se mover rapidamente é a melhor maneira de se adaptar às mudanças. Resolveu que todos os dias monitoraria seu queijo para ficar atento às pequenas mudanças que ocorressem e nunca mais ficaria sem queijo. Voltou para buscar o amigo que ficou pra trás, mas o primeiro homenzinho ainda é muito resistente à mudanças, acha que seu queijo é o único queijo que ele é capaz de gostar, não quer experimentar um novo queijo, quer o que já está acostumado e resolveu que vai ficar ali.

Eu achei o livro muito alinhado com esse momento, mexeram em nosso queijo, tiraram a nossa rotina de uma hora para outra. A maioria das pessoas tem medo de mudanças, porque tem dificuldade em mudar quando as coisas mudam.
Se adaptar à mudanças é uma condição indispensável para a nossa sobrevivência. Quem consegue se adaptar melhor e mais rápido, chega mais rápido ao novo queijo.
Talvez devêssemos mexer nosso próprio queijo de vez em quando. Pois é Muito melhor começar uma mudança sem pressão, do que tentar reagir ou se adaptar depois que o caos se instala.

Com qual personagem da história você mais se identifica?

Nenhum comentário: