terça-feira, 9 de setembro de 2008

Errando com os filhos

Para a minha mãe: Desculpe!
A minha mãe é tão injusta comigo. Ela prefere a Polyana e o laptop dela do que a mim. Porque?
Hoje ela puxou meu cabelo. Porque?
Buááááá!!! Odeio a minha vida!!!
Às vezes penso que ela é a pior pessoa do mundo.
Ela me bateu com o negócio do computador porque eu andava descalça. Porque, mãe? Você é horrível!!!
Eu fiquei roxa quando ela me bateu. Eu preciso de alguém. Porque minha vida é assim tão sofrida?
Às vezes eu preferia ser presa do que ver ela.
Se eu mostrar isso pra ela vou ficar de castigo. Estou triste!
Ass.: Palloma

Hoje, quando acordei, me deparei com esta cartinha embaixo da porta. Fiquei arrasada!!!
Lebrei da minha mãe dizendo a maior verdade de todas as verdades: que eu só a entenderia no dia que tivesse meus próprios filhos.
Me considero uma boa mãe. Não a melhor de todas, mas uma mãe acima da média. Ainda assim, impossível não errar com os filhos.
Minha filha, a autora da carta, ainda está dormindo. O jeito é esperá-la acordar para conversar sobre este desabafo. Tentar aliviar esta mágoa e não deixar sentimentos recalcados atrapalharem nosso relacionamento futuro. Logo chega a adolecência e fica mais difícil o diálogo, o entendimento.

Filhos...Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos como sabê-lo?” POEMA ENJOADINHO - Vinícius de Morais

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