quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os justos pelos pecadores

Dia desses um cliente me disse que, entre os 35 e 45 anos, o poder estava nas mãos das mulheres. De fato, com 35 anos, estou vivendo uma fase maravilhosa na minha vida. Meu trabalho vai indo muito bem. Minha vida financeira equilibrada. Tenho me cuidado bastante e meu corpo está ótimo. Minhas filhas estão crescendo cheias de saúde, lindas e excelentes alunas. Meu casamento está amadurecendo e entrando nos eixos. E até minha cabeça, pasmem, está mais equilibrada. Ainda tenho algumas recaídas. Acho até que por causa da TPM e tal, mas na maior parte do tempo, tenho estado muito tranqüila.

Ontem me excedi num castigo à minha filha mais nova e estou amargamente arrependida. Me sentindo péssima por ter descontado nela um recalque meu. Eu tinha passado um dia ótimo, trabalhado bastante, cuidado das minhas tarefas habituais, tinha até trocado mensagens de amor com meu marido... Quer dizer, a noite prometia! Ah, e segundos antes de chegar em casa, lá pelas nove, pensei: “Puxa, há duas semanas eu e Edu não brigamos, surpreendente!“ Mas aí, parece que o capeta me ouviu e foi lá atentar o juízo do digníssimo.

Dá pra acreditar, que depois de dois anos juntos, ele foi desenterrar um ex de quem eu já me separei há cinco? “Porque você me disse que nunca tinha se interessado por homem de cavanhaque e eu achei um monte de fotos do seu ex de cavanhaque. ” Cavanhaque fino, cavanhaque grosso, blá, blá, blá...” Fala sério! Nem eu me lembrava que o sujeito usava cavanhaque! E foda-se o ex! Ex é Ex! Se fosse bom, não era Ex, poha! Eu até conheço gente que termina namoro, casamento e ainda fica pegando Ex, mas eu não. Pra mim acabou, acabou.

Daí que eu fiquei toda puta por ele ter remexido no meu passado e insinuar que eu teria pedido pra ele deixar a barba e o bigode crescerem pra relembrar do outro que falei: "Você vai se sentir melhor? Arranca a merda do cavanhaque!" Mas eu não quero que ele arranque não, porque achei que ele ficou lindo. Ficou com cara de macho! Aliás, meu marido melhorou muito depois que me conheceu. Tá malhando, perdeu a barriguinha, mais desenvolto, mais seguro, mais homem... Xí! Não sei se ele vai gostar de ler isso, mas como este é meu território, me dou o direito de falar o que penso. Quer dizer, escrever o que penso.

E o castigo? Pois é, calhou desse estresse rolar pouco antes do jantar. Eu tinha feito frango com cerveja e o Edu preparou as batatas rostie e a salada. Polyana, minha filha mais nova, tem uma maniazinha chata, coisa de criança, mas que me irrita profundamente, porque beira a falta de educação. Nem bem acabou de comer e já estava me pedindo mais comida. “Bota mais... Quero quatro batatas... Me dá mais frango.” -- “Não, Polyana! Você já comeu o suficiente.” -- “Mas eu quero mais frango. Ninguém mais vai comer.” E nessa de botar ou não botar mais comida, me emputeci e a fiz comer todo o frango que ainda tinha na panela. Eu achei que ela não fosse conseguir. Na verdade até esperava que ela fosse me pedir pra não fazê-la comer tanto. Que nada, ela comeu tudinho! E eu fiquei arrasada. Puta comigo, mais puta ainda com o Edu, por ter me chateado a ponto de me fazer perder o controle com ela.

Depois, na cama, ele ainda teve a audácia de querer ficar abraçadinho me fazendo cafuné, como se eu tivesse perdido o controle à toa, por nada. Faz favor, né? Mas agora tô me sentindo melhor. Já conversei com a Popô. Já malhei... Adoro malhar! Corri na esteira... Hoje a Diana, nossa faxineira, está aqui e não preciso fazer nada em casa, o que muito me alegra. Daqui a pouco tomo um banho gostoso, levo Popô na escola, pego Papá e vou almoçar com ela. É que toda quarta almoçamos juntas num restaurante perto da escola. E a vida continuaa..

Espero que este episódio não seja em vão. Que o castigo tenha servido pra Popô se comportar melhor nas refeições e que dá próxima vez eu desconte toda a minha raiva em quem, de fato, merece.

Até ! ;-)

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