terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sou muito pra ser “mais ou menos”

Tudo na minha vida aconteceu muito cedo. Tudo mesmo! Assim, desde pequenininha, fui me habituando a conseguir o que queria rápido, correndo, pra ontem. É engraçado como essa pressa sempre funcionou pra mim. Só não deu certo quando me cansei de esperar o que queria e desisti, tão rápido quanto passei a querer, rápido o bastante para não me frustrar.

E a vida gosta tanto desse meu jeito apressado que se eu procurar no fundo do meu baú das experiências não vou encontrar frustrações nem arrependimentos por ter desistido de certas coisas. Sempre que abri mão de algo aqui a generosa vida me presenteou com coisa melhor acolá.

A demora das coisas me entedia demais porque sou inquieta demais. Não admito perder tempo, andar pra trás, dar passos curtos. Eu quero é correr! Se eu tropeçar, cair e quebrar a cara vou levantar tão rápido que ninguém vai ter tempo (nem o prazer) de me ver no chão.

Tenho urgência da vida e faço tudo ao mesmo tempo. Um dia meu parecem dois. Uma semana parece um mês. 30 anos parecem 100. Sou exagerada. Não gosto de pouco, de menos, de mais ou menos. Se quero algo, quero muito. Quero intenso. Quero amar o melhor amor. Comer a melhor comida. Gozar a melhor gozada.

E sofro de desapego e excesso de confiança. Não me prendo a nada. Pra mim as coisas só são boas quando são ótimas. Quando não estão lá essas coisas já é hora de mudar, sacudir a saia, remar o barco... Na busca pela satisfação a vida oferece muitas possibilidades. O que não dá é pra se contentar com pouco, ser mais ou menos ou se acomodar com o que incomoda.

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