domingo, 17 de maio de 2009

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem...

Minha história com as tatuagens começou de maneira muito particular. Era um domingo de verão, lá pelo ano de 1992, praia da Barra da Tijuca, eu e Sônia avistamos uma Kombi grafitada parada. Era a Kombi do tatuador Bruxo. Curiosas, paramos para olhar os desenhos. Conclusão, saímos tatuadas. Sônia com um beija flor e eu com um unicórnio nas costas. Assim mesmo, sem planejar nada.

Era uma tatoo bem pequenininha, discretinha, mas como fiquei orgulhosa com ela. Parece que a gente muda depois que se tatua pela primeira vez. As pessoas te olham diferente, olham curiosas. Nunca mais você passa despercebida em lugar algum. O tempo passou e hoje ostento 7 tatuagens. Na verdade seriam 9, mas 2 delas já cobri com as outras.

Também tenho histórias tristes com minhas tatoos. Uma delas, a segunda, fiz no auge de um tórrido romance com o primeiro Eduardo. Romance daqueles que você acha que vai durar para sempre junto com a tatuagem. Foi com ela que aprendi que as tatuagens duram pra sempre, os amores, não.

Eduardo era meu namorido na época. Meu príncipe encantado! Tatuamos no mesmo dia, eu um coração adornado por rosas e borboletas no tornozelo com a seguinte frase: “Eduardo, eu te amo!“. Ele, um coração incendiado no braço escrito: “Fabiana, meu amor”. Foi emocionante. Saímos do estúdio realizados, com a prova irrefutável de que estaríamos ligados para sempre por aquele desenho.

Depois que o romance acabou, mantive a tatuagem, fazendo uma pequena alteração. Para esconder a frase, que era escrita em tinta preta, precisei pintar o coração de preto. Não é que meu coração também enegreceu depois disso? Muito difícil sobreviver a um coração partido. Mas esta é uma outra história...

Anos depois, numa fase mais sexy, tatuei uma borboleta nos genitais. Foi quando me apaixonei por flores e borboletas em forma de tatuagens. Tatuei as costas, o ombro direito, o ombro esquerdo. Formei um verdadeiro jardim de rosas, hibiscos e orquídeas que vai de um ombro a outro.

Quinta feira completei mais duas. Escrevi o nome de minhas duas filhas, uma em cada braço, na parte interna entre o bíceps e o tríceps. Vou te contar uma coisa: Doeu. Doeu muito! Nunca uma tatuagem tinha doído tanto quanto estas. Não sei se estava num dia mais sensível ou se foi o lugar que escolhi que era mais sensível. Mas como dizem os tatuadores, NO PAIN, NO GAIN!

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